''O dedilhar das mãos em busca do infinito.''

O Funcionamento do Piano

14/01/2010 22:13

O Funcionamento do piano

 

 

O piano foi inventado por Bartolomeu Cristofori ( 1655 - 1731 ), encarregado da consevação de instrumentos na corte da família Médici.Cristofori fabricou ao todo mais de vinte pianos a nos seus últimos modelos já se encontram quase todos os elementos existentes no piano moderno, seja no de cauda (com forma de asa e cordas horizontais), seja no vertical (com cordas verticais). Estes elementos são:

1. As cordas, feitas de aço. Na parte do baixo, para coda há apenas uma corda (enrolada com fio de cobre para aumentar a ressonância). Na extensão do tenor, cada nota possui duas cordas e, nas restantes, são três cordas para cada uma delas. A altura das notas depende do comprimento relativo, da espessura a da tensão das cordas.

2. O mecanismo produtor de som ou a açâo. Este inclui o teclado, os martelos cobertos de feltro e o complicado processo que leva os martelos a bater nas cordas quando sâo tocadas as teclas.

3. A pesada chapa de ferro na qual estão esticadas as cordas, com uma das extrernidades presa ás cravelhas e a outra às aselhas. (Nos modernos pianos de concerto, a tensão total das cordas chega a trinta toneladas ou 30.480 kg; já nos pianos antigos, pelo fato da tensão não ser tão grande, a chapas era de madeira.)

4. Os cavaletes e a tábua de harmonia. Os cavaletes transmitem as vibrações das cordas à tábua de harmonia, cuja ressonância amplia a enriquece a sonoridade.

5. O móvel que encerra as peças acima mencionadas.

6. Os pedais.

 

 

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                                            O piano de cauda moderno

 

 

 

 

 

 

 

Abaixo encontra-se um diagrams mostrando o que acontece quando é ouvida uma nota emitida por um piano de cauda. Ao ser a tecla (1) com o seu pivô abaixada, a outra extremidade dela ergue o abafador (2), afastando-o da corda (3). Ao mesmo tempo, o piloto (4) é empturado para o alto, acionando um complicado mecanismo. O impacto deste empurrão levanta a lamela ou saltarelo (5) que, por sua vez, lança para cima o martelo (6), que vai bater contra a cordas.Tão logo seja a tecla solta, o abafador torna a cair, amortecendo a corda e silenciando, por conseguinte, o som.

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 O mecanismo do piano de cauda

 

 

 

 

 

 

 

Há ainda vários outros pontos importantes. Para imprimir vibrações à corda- seja no caso de uma nota forte ou fraca - o sistema de alavancas deve fazer com que o martelo seja atirado contra a corda com uma considerável velocidade - muito maior do que a da tecla ao ser abaixada. O martelo, uma vez que tenha atingido a corda e esta tenha começado a vibrar, deve imediatamente pular para fora dela. Pois, se ele, com o seu revestimento de feltro, permanecer contra a corda, as vibrações ( portanto, também o som ) serão apagadas. O mecanismo que permite ao martelo desobstruir imediatamente a corda - mesmo que a tecla continue abaixada - se chama escapo.

O perigo está no fato de que o martelo, para fazer soar uma nota forte, possa, na sua grande velocidade, saltar para fora da corda com tanta força a isso fazê-to ricochetear e bater acidentalmente uma segunda vez contra a corda. Para impedir tal coisa, existe um amortecedor, chamado atrape (a peça número 7, no diagrama visto acima), que se move para frente quando a tecla é abaixada a segura o martelo na sua descida.

O espantoso é que esses problemas não só foram percebidos, como ainda resolvidos por Cristofori nos seus últimos pianos.

A dificuldade mecânica da repetição

Um problema, no entanto, que existiu nos pianos antigos, foi o de que era muito difícil, ou mesmo impossível, tocar notas repetidas em grande velocidade, sobretudo se a sonoridade exigida fosse piano. O problema foi resolvido pelo ainda mais complicado mecanismo, conhecido como duplo escapo, inventado em 1821 por Sébastien Érard, de Paris. Consistia este em deixar o martelo, depois de ferir a nota, a uma pequena distância da corda a mantê-to sob total controle da tecla, enquanto ela permanecesse abaixada. O toque das notas repetidas tornou-se, então, possível, pois o duplo escapo permite que se toque repetidamente a mesma tecla deixando-a, de cada vez, subir só um pouco a não até em cima, quando voltaria outra vez a ser abaixada.

Os pedais

Um dos mais importantes fatores na técnica pianística está reservado ao uso dos pedais.O pedal à direita é denominado pedal direito e, por vezes, erroneamente, "pedal forte". Fazer pressão com o pé sobre este pedal significa retirar todos os abafadores das cordas. Isso permite que qualquer corda que seja atingida vibre livremente, pois o seu som está sendo sustentado - mesmo que a sua tecla correspondente esteja solta - enquanto o pedal não for erguido. O use deste pedal produz ainda outro efeito: quando se retiram os abafadores, algumas outras cordas que não foram tocadas podem "vibrar por simpatia", o que empresta à sonoridade uma coloração a riqueza extras.

O pedal da esquerda, usado com menos freqüência, é chamado una corda (do italiano, "pedal de uma corda") ou pedal surdina ou ainda pedal doce. Fazer pressão com o pé sobre este pedal significa "matizar" a sonoridade, produzindo qualidades de sons mais doces, surdos a até mesmo mais misteriosos. Nos pianos de cauda, quando se comprime a surdina, isto faz o teclado a todo o mecanismo mover-se ligeiramente para o lado direito, a assim os martelos, agora, podem bater apenas em duas das três cordas, ou numa única corda em vez de duas, conseqüentemente produzindo menor volume sonoro. Nos pianos verticais, isto pode ser obtido por meio de um feltro que se interpõe entre os martelos a as cordas, de modo a tornar a sonoridade mais surda ou abafada. Ou então, fazendo com que todos os martelos fiquem mais próximos das cordas para que seja menor a distância do percurso deles, o que lhes reduzirá a velocidade e a força e, por conseguinte, haverá uma diminuição da sonoridade.

Quando o compositor deseja que o pianista use este pedal num determinado trecho da música, ele escreve debaixo deste una corda ("uma corda"). E quando quer que o pedal seja solto, escreve tre corde ("três cordas"). Em determinados pianos, principalmente aqueles fabricados pela firma americana Steinway, há um terceiro pedal, colocado entre os outros dois . Este é denominado pedal sostenuto e, ao ser comprimido, mantém os abafadores fora somente daquelas cordas cujas teclas estiverem abaixadas no momento. Os sons destas serão sustentados até que o pedal seja solto, embora todas as demais notas possam ser tocadas sem sofrer os efeitos do pedal sostenuto. Este pedal é útil quando, por exemplo, uma nota ou um acorde do baixo precisa ser sustentado, enquanto o pianista está com as suas mãos ocupadas numa outra parte do teclado, tocando notas que levam pedal da forma usual.

O piano vertical

O piano vertical, tal como o conhecemos hoje, foi introduzido pela primeira vez por volta de 1800. Suas principais vantagens são a de ser um instrumento mais barato e a de ocupar menos espaço que um piano de cauda. Logo se tornou popular e foi um móvel comum na maioria das salas de visita das casas do século XIX. O esquema abaixo mostra o que acontece quando é tocada uma nota num piano vertical

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     O mecanismo do piano vertical

 

 

 

 

 

 

Quando a tecla (1) é abaixada, a sua outra extremidade levanta a faz inclinar a alavanca em balanço (2) (ou wippen, na terminologia inglesa a alemã). Isto ergue a lamela (3), que atinge a base do martelo (4) a lança a cabeça (5) deste na direção da corda (6). Ao mesmo tempo, o abafador (7) é retirado da corda, que fica livre para vibrar a soar a nota quando o martelo atingi-la. O martelo bate imediatamente na corda, ricocheteando. O atrape(8), neste instante, vai para a frente e o segura a meio caminho de sua descida, impedindo que ele ricocheteie outra vez sobre a corda, mas, se for o caso, permitindo que a nota seja repetida. Logo que a tecla for solta, o abafador vola a sua posição original, amortecendo as cordas para que o som seja silenciado. 

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